#RPGaDay, dia 27 – Jogo que eu gostaria de ver numa nova edição.

RPGs que pararam no tempo. Que morreram em suas edições de origem ou que não avançaram. Quantos desses livros vi ao longo da minha vida? Títulos é o que não faltam: Desafio dos bandeirantes, TMNT and Other Strangeness, X-crawl, Millenia, Daemon, Mítica… são tantos para escolher…

E o vencedor é Mítica – a versão da visão brasileira sobre o mundo oriental de D&D.

It’s Alive!

Ou, o meu primeiro personagem do D&D 5e.

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Tive de esperar um bocado para poder me familiarizar com as regras do novo D&D. As regras são as mesmas que já estou acostumado, mas de certa forma tem tanta coisa nova e tanta pequena minúcia nas regras que eu resolvi testar criando um personagem. E por que não sair logo com um clássico? Um guerreiro anão, no melhor estilo descendente de Flint Fireforge (dragonlance).

Então a primeira coisa que fiz foi anotar os atributos pré-determinados: 15, 14, 13, 12, 10, 08. Escolhi como raça Anão (+2 CON) e da Colina (+2 FOR). Como ele é um guerreiro de nível 1 ele começa com duas perícias proficientes. Escolhi Percepção e Sobrevivência, por motivos óbvios. Ele também é proficiente em seus testes de resistência baseados em Força e Constituição. Já que eu imagino que ele vá ter de suportar muito dano durante as aventuras, julguei as escolhas boas.

Agora vem a parte que me deixou realmente excitado, porque vamos falar a verdade… distribuir atributos e escolher uma boa combinação de raça/classe não é nada de novo. Mas quando chegou na parte de antecedentes, caramba, quanto material legal. Ajuda demais a montar a história do personagem – que até agora estava completamente em branco.

Escolhi experimentar um antecedente que eu nunca usei em anos de aventura: Armeiro (artesão da guilda), o que me deu mais duas perícias (Intuição e Persuasão). Depois escolhi personalidade. “Tenho um provérbio para cada ocasião”. A seguir escolhi o ideal: “todo mundo tem que ser livre”. A parte do Elo foi a mais legal – a meu ver – “vou conseguir vingança contra as forçar que destruíram meu negócio”. O defeito – não fiquei tão feliz com as opções e então resolvi pegar o “nunca estou satisfeito com o que eu tenho e sempre quero mais”. Com base nessas informações foi muito fácil montar a história do personagem:

Kettenhemd Fireforge nasceu numa afastada vila mineira no alto das montanhas. Desde cedo ele demonstrou talento para forjar o ferro e o metal, tornando-se um promissor aprendiz. Quando a guerra civil eclodiu pelo trono do rei dos anões a cidade ficou do lado do usurpador. Com o fim do conflito a vida foi arrasada e a antiga loja foi também destruída. Kettenhemd, um verdadeiro espírito livre, resolveu fugir e tramar a sua vingança. Bondoso, um tanto ambicioso e amante da cultura anã, Kettenhemd tornou-se aventureiro.

A ficha ficou assim:

Forca 14 + 2 (raça) – 16 (+3)

Destreza 12 (+1) – 12 (+1)

Constituição 15 + 2 (raça) – 17 (+3)

Inteligência 8 (-1) – 8 (-1)

Sabedoria 13 (+1) – 13 (+1)

Carisma 10 (+0) – 10 (+0)

Pontos de vida (1d10+3) – 13

Fôlego: 1d10+1.

Perícias: Persuasão +2, Percepção +3, Sobrevivência +3, Intuição +3.

Estilo de Luta (adivinhem): Arma Pesada

Assim, depois do personagem pronto, fui às compras:

Cota de malha, elmo de ferro com chifres, luvas, capa, machado grande, arco longo, adaga, 10 flechas, pederneiras, 2 frascos de óleo, mochila, saco de dormir, corda (15m), saco com esferas, cantil, 3 moedas de ouro e 5 moedas de prata.