O revival dos jogos antigos.

Essa semana eu recebi pelo menos três e-mails de amigos que perguntavam se eu sabia de algum lugar ou de alguém que vendesse livros físicos de RPG. De moto eu sempre respondo moonshadows livraria, de longe a melhor loja que eu conheço. Mas  nos três e-mails recebi resposta semelhante: nem lá tem.

Os livros procurados podem explicar a falta de tais tomos. Um deles queria um vampiro: a Máscara 3ª edição, outro o Livro do Mestre do D&D (3.5), e o outro queria o Lobisomem: o Apocalipse (2ª edição). Devo admitir que são títulos difíceis de conseguir. Todos fora de catálogo, hoje verdadeiras peças de colecionador. Desses, não tenho nenhum: meu Vampiro é 2ª edição, meu Livro do Mestre é 3.0 e o meu Apocalipse foi dado de presente uns dez anos atrás (se não mais).

O que me chamou realmente atenção é a busca por jogos antigos, for de catálogo, como vampiro (3ª edição) e D&D (3.5). Arrumei um tempinho e fiz algumas pesquisas nas principais lojas de RPG que eu conheço e, em todas, a procura por esse tipo de material vem crescendo. Em São Paulo ainda é possível achar tais relíquias a preços módicos em sebos, mas é preciso garimpar e ter espírito de busca para tal feito. Em capitais menores, como Brasília, por exemplo, a busca é infrutífera, para não dizer inútil. Dos três sebos que eu procurei nenhum tem os livros citados.

O que isso quer dizer? Não sei. Alguns podem argumentar que os novos RPGs não vêm agradando tanto o público convencional, outros vão dizer que clássicos serão sempre clássicos e que sempre vai ter gente atrás deles. Outro ponto: todos esses livros possuem versões on line facilmente baixáveis. Por que não baixar e procurar uma gráfica rápida para tal feito?

Vai ver nesses tempos de lojas como a Amazon e de leitores como o Kindle, as pessoas ainda queiram ter o prazer do peso de um livro nas mãos, sentir o cheiro do papel e passear pelas páginas sem precisar de um render ou de conexão á internet. Nos faz pensar.