D&D Game Day 2009: o dia que antes de ser, já era.

Contando como foi… ou não: uma análise de um D&D Game Day que não ocorreu.

 

Se os meus amigos se recordam, faz algumas semanas que eu fiz uma postagem sobre a minha possível última participação no evento D&D Game Day (foi no dia 15 de maio). Desde então eu tenho mantido um silencio respeitoso a respeito assunto. Mas como o Game Day já passou e todas as miniaturas de papel já foram guardadas está na hora de contar o que aconteceu – ou não aconteceu, naquele evento.

Recapitulando: A aventura não era ruim, estava anos luz à frente de Fuga de Sembia, mas ainda muito fraca. Resolvi reescrever o roteiro da aventura, mudando sua ambientação e mantendo apenas os NPCs e PCs originais. Ou seja, se o objetivo do dia era testar as novas opções do Livro dos Monstros, eles estariam todos lá.

Então no dia 18 eu recebi o seguinte e-mail, que reproduzo integralmente:

 

Valberto,

 
 

Nós da organização do D&D Gameday gostariamos que reconsiderasse sua opção de mestrar uma aventura diferente da apresentada pela Wizards of the Coast no evento do dia 23 de maio.

A razão para isso é que queremos manter o evento como ele deve ser. Caso você queira modificar partes da aventura, mantendo a essência da mesma, tudo bem.

 
 

Gostariamos também de deixar claro que não temos intenção alguma de minar a criatividade dos mestres inscritos mas somos terminantemente contra mudar o evento de forma tão drástica quanto você propõe.

 
 

Teria sido mais interessante que você se dirigisse a nós via email antes de postar no orkut daquela forma, mandando “para o raio que o parta” a aventura original e, de quebra, a organização do evento.

 
 

Estamos tentando fazer o evento com seriedade para que os futuros RPGs Itinerantes, Gamedays e etc sejam exemplo em Brasília e no resto do Brasil. Portanto, esse tipo de mudanças precisam ser discutidas conosco antes de simplesmente comunicar publicamente sua decisão.

 
 

Caso não se sinta à vontade para mestrar a aventura oficial, nos avise o quanto antes para que possamos tomar providências para evitar mudanças de última hora no evento.

 
 

Grato.

 
 

Organização D30 DF

 

Este e-mail foi respondido ainda no mesmo dia:

 

Caras, com todo o respeito, o “para o raio que o parta” que mandei foi a aventura. Na pior das hipóteses foi uma expressão idiomática. Em momento algum eu comentei acerca da organização do evento, que, ao que me consta, vai muito bem. O objetivo da aventura é demonstrar a mecânica e os monstros da nova edição, assim como as classes. Desse modo a aventura que eu proponho ainda vale do ponto de vista que cobre essas mesmas opções. Os mesmos monstros serão usados, mas em cenários diferentes.

Serei sincero e até mesmo um pouco “não cortês”: a aventura oficial, do jeito que está não me interessa ser mestrada. Ela não tem o nível de qualidade mínimo que eu exijo para minhas mesas: é descerebrada e até certo ponto, sem sentido algum, como um filme de ação estilo “sessão da tarde”. Se a condição para minha participação no D&D Game Day for a aventura “tal e qual” veio da Wizards, podem tomar as providências desde já para que o meu nome seja retirado do staff do mestres sancionados pela RPGA.

Mais uma vez reitero que eu louvo a preocupação de vocês e desejo realmente muito sucesso, não apenas para o grupo que eu ajudei a fundar, como também ajudei a batizar. Desejo também que o evento seja um sucesso “comigo ou sem-migo”. Vocês respondem á forças superiores a vocês – os organizadores da devir ou da wizards e tenho certeza, estes não devem estar satisfeitos com a voz dissidente que eu sou.

Mais uma vez quero deixar claro que não guardo mágoas ou ressentimentos. Façam aquilo que for melhor para o evento e façam o que fizerem, espero que não venha a afetar nossa amizade.

 
 

Sinceramente,

 

No próprio dia 18 recebi mais uma resposta:

 

Valberto,

Respeitamos sua opinião com relação à aventura oficial. O problema todo e que, como queremos fazer tudo de acordo com as regras do RPGA e dos Gamedays, mudar a aventura realmente desvirtua o evento.

Não respondemos à Devir mas sim ao RPGA, pois o evento tem que ser reportado e para tal deve seguir as regras fielmente.

Ainda gostariamos que você mestrasse dentro desses termos. Se você não quiser fazer isso, esperamos que ao menos participe como jogador numa das mesas.

 
 

Lembramos que de forma alguma queremos tolir a criatividade dos mestres inscritos ou ainda forçar as “ordens” superiores. Queremos apenas fazer o evento da melhor maneira possivel.

 
 

Aguardamos uma resposta final.

abraço

 
 

Organização D30 DF

 

Assim, como esperavam uma resposta de mim, eis que a postei em seguida:

 

Amigos,

Espero que entendam a minha posição. Eu já estou ficando muito velho para fazer, nas horas vagas, aquilo que eu não gosto. Não é segredo que não gosto do novo D&D. Acho-o insosso. Deslocar-me para mestrar uma aventura que eu não posso mudar torna-se para mim uma obrigação e não um prazer. Entendo a necessidade do oficial, mas também respeito muito as vontades deste velho coração. Quero que entendam que não se trata de birra infantil (se não for do meu jeito eu não jogo). Não é nada disso. É uma questão de escolha de como eu vou passar o meu pouco tempo livre. É uma escolha de coração, mas não deixa de ser uma escolha; e em toda escolha sempre há uma perda. Aqui estou a decidir entre amigos queridos ou um sistema e aventura tacanhos.

Antes de responder deixo claro que para fins de experimentar regras, criaturas, classes e poderes a aventura que eu desenhei serve muito bem. Ela até mesmo envolve os personagens da aventura original sem retirar-lhes nada ou quase nada de seus backgrounds. Mas ela não conta com a oficialidade exigida para o evento.

Eu já havia me decidido por este ser, de qualquer maneira, meu último D&D Game Day por alguns anos – pelo menos até a Wizards afrouxar essa cordinha do controle sobre os jogadores.

Farei o possível para comparecer como jogador. E deixo a disposição as fichas em preto e branco que imprimi para o evento.

Mais uma vez, agradeço a compreensão de vocês e saibam que independente de ser game day ou não, continuarei a torcer pelo sucesso de todos vocês.

 

Fato é que eu não fui ao evento. Tive uma reunião pesadíssima no colégio na manhã do evento e iria depois do almoço, mas acabei repesando o meu cansaço com relação a diversão que eu teria com a aventura. Não valeria à pena o esforço. Rodar tantos quilômetros para ver uma aventura descerebrada, com combates chatos e demorados… bom não é para mim. Para combates estratégicos eu já tenho o final fantasy tactics do PS1, que é muito melhor que o D&D 4E no aspecto que se propõe: história e sistema de combate.

No mais, acho que eu devia essa explicação para alguns amigos que estavam já me perguntando como tinha sido a aventura. Mas provavelmente a aventura ainda será mestrada (a versão modificada), pelo menos, na RPGCon.

Se você quer alguma coisa bem feita, ensine como se faz

 

 

Treinando…

Estou trabalhando com os meus alunos do colégio uma brincadeira que mescla competição, responsabilidade, trabalho de equipe e, é claro, uma coisa que todo aluno gosta. Notas. A brincadeira é simples: aprender a cantar o hino nacional todo (1ª e 2ª partes) conforme está na lei 5700. O objetivo seria descobrir qual a turma que canta melhor e esta mesma turma ganhar dois pontos na média final do bimestre na minha matéria. Puxa, dois pontos na média são um presente e tanto.

A semana de audições já está acontecendo. E uma coisa bem interessante nisso tudo é que os alunos gostam de cantar o hino. Vejo alguns deles cantando com entusiasmo, orgulho de verdade de ser brasileiro, querendo mesmo os dois pontos. Que diferença enorme de quando eles ensaiaram os primeiros “ôvira dos piranga magis prácidas”…

Então o coordenador financeiro do colégio veio me perguntar qual era o segredo de ter alunos tidos como bagunceiros todos perfilados no pátio cantando o hino à capela sem errar nada e sem gracinhas. Não tinha segredo, eles apenas tinham sido bem ensinados como fazer. Se você for bem ensinado em como fazer, vai fazer bem sempre. Como dizia Aristóteles, praticar sempre para executar cada vez melhor.

 

E o que isso tem a ver com RPG?

Ok, você ainda esta por aqui depois de toda aquela soneira sobre hinos, notas e comportamentos? Puxa, você deve gostar mesmo do que eu escrevo aqui hein? Bom, de qualquer forma, o que eu quis dizer com a primeira parte deste artigo? Que se você quer que alguém execute de forma bem feita alguma coisa, ensine como fazer.

Estou mestrando uma campanha de Mutantes e Malfeitores para o meu grupo e já faz algum tempo eu venho me ressentindo da falta de atitudes heróicas que eles tem no jogo ou mesmo a falta de criatividade com o que eles usam seus poderes. Um dos jogadores, o Dilson, tem Telecinese 10, com as ampliações “preciso” e “afeta incorpóreo”. E ele nunca usou esse poder como forma de ataque que fosse diferente de dar um golpe telecinético em alguém. Nunca ocorreu ao jogador “fechar” os olhos do oponente, ou jogá-lo para longe, agarrar alguma barra de ferro e sair batendo com ela sem usar as mãos, arremessar carros, dar chutes nos testículos “à distância”… quer dizer, de que adianta ter tanto poder se você só conhece/usa seus modos mais óbvios?

Parece até que o jogador nunca ouviu falar de guerras clônicas, ou the force unleashed, ambos de Star Wars. Lá os jedis usam a força de modo bem especial. No último jogo eu mostrei para eles trechos do 1° longa de “os Supremos” da Marvel, o combate entre o Hulk e os Vingadores. Entre alguns comentários eu ouvi coisas do tipo, mas esse cara é doido de fazer isso, ou mas como é que ele fez isso se nem tem superpoderes? Tudo porque o capitão América corria na direção do Hulk e saía no braço com ele. Estratégia superior e perícia compensaram a força física descomunal do gigante esmeralda. Tenho certeza que nas próximas aventuras vão surgir coisas heróicas de verdade porque eu mostrei para eles como coisas heróicas acontecem nas mídias de super heróis.

A grande lição a ser aprendida aqui é: se você quer que seus jogadores sejam alguma coisa, ou interpretem de alguma maneira mostre esta maneira para eles. Não faltam mídias na internet. Separe 10 minutos antes do jogo começar e mostre algumas cenas de filmes legais – de coisas que poderiam ou melhor que deveriam estar acontecendo na sua mesa de jogo. É um jogo de investigação? É um jogo de lutas e combates épicos? É um jogo que envolve magias e duelos? Existe um filme, um desenho para cada situação. Baixe o vídeo, se for preciso empreste o DVD, mostre o que você quer e recompense os jogadores quando eles agirem da forma que deveriam agir. Mostre que está satisfeito com eles.

 

Abrindo as portas para outros gêneros

Este técnica funciona bem para abrir as portas da sua mesa para outros gêneros. Você quer fazer umas aventuras curtas envolvendo o tema apocalipse zumbi. Ora empreste aos jogadores filmes como Capital dos Mortos ou Madrugada dos Mortos. Quer uma mesa de aventuras no estilo Velho Oeste? Experimente fazer uma sessão de cinema em casa com filmes como Rápida e Mortal, Django, e o Bom o Feio e o Mal.

Não fique preso apenas às mídias visuais. Livros são uma boa opção. Mesmo que exijam mais tempo, não precisam de codecs ou de luz elétrica para serem apreciados. Estou lendo, depois de 15 anos de espera, o Falcão Maltês. Nunca pensei que meus detetives, até hoje, fossem tão fracos. Na próxima vez que eu tiver oportunidade, um certo Sam Spade vai aparecer e colocar tudo no seu devido lugar.

 

Em busca do tempo perdido

Em busca do tempo perdido

 

Bom, no dia 23 de maio, após quase 30 horas de trabalho na frente do computador eu coloquei on line, no 4Shared, o meu primeiro livro “Open Game License” 100% copyright free. Hoje, 26 de maio do mesmo ano e 35 downloads depois (obrigado a todos!) eu inicio um novo projeto. A versão 1.1 do livro.

“Mas já?”, perguntarão alguns. Sim. O meu pouco tempo urge e depois de uma leitura mais detalhada percebi que deixara de fora alguns aspectos indispensáveis do livro. Entre eles regras, partes da ambientação e mesmo algumas clarificações. Trabalho de revisão, basicamente.

Mas, mesmo antes de abrir o arquivo para começar as alterações devo dizer que estou muito satisfeito com o resultado. Tão satisfeito que eu irei mestrar sua primeira no RPGCon deste ano, em São Paulo.

Atualmente estou dando aulas em três escolas. Como uma pessoa perspicaz pode perceber três escolas não significa trabalho triplicado e sim setuplicado. São pelo menos 23 diários diferentes para preencher e mais de 900 alunos para dar conta, entre planejamento de aulas, trabalhos, provas e correções. Tudo isso sem levar em conta coisas como reuniões pedagógicas, festividades, como é o caso das festas juninas (já estamos em praticamente em junho, que incrível!). Assim resta pouco tempo para este pequeno blog. Peço paciência aos amigos leitores que vêm aqui em busca de novidades todos os dias e demoram a fazê-lo.

O meu grupo sugeriu que poderíamos jogar alguma coisa diferente esses dias. A sede deles por fantasia medieval está crescendo assustadoramente. Então o meu filho desenterrou o livro do Eberron de minhas prateleiras: duas jogadoras (a Suca e a Hypa) já levaram o livro para dar uma olhada. Para mestrar esse cenário eu não pretendo usar o D&D 3.5 que acompanha o livro. Vou usar o sistema de Mutantes e Malfeitores com base em dois livros que eu possuo: o Warriors and Warlocks e o Monsters and Mayhem. O ‘Monsters’ é mais antigo, feito ainda para a primeira edição, mas trás boas idéias de como trabalhar de forma medieval fantástica o sistema de M&M. Até onde eu li das duas obras ele faz um trabalho mais competente que sua contraparte o W&W, especialmente com uma variação muito maior de arquétipos.

Então o que teremos basicamente será um arco de aventuras que terá como base os filmes de Indiana Jones (Caçadores da Arca Perdida, o Templo da Perdição, a Última Cruzada, o Reino da Caveira de Cristal), a Liga Extraordinária, Alan Quartermain (As minas do Rei Salomão, a Cidade perdida do Ouro), Tudo por uma Esmeralda (este és el camiño para Cartagena?) e outras coisas simpáticas como referências a aventuras e outras situações que eu vivi em mesas de jogo.

Não, eu não sei ainda que tipos de personagens vão chegar a minha mesa, mas uma das meninas ficou fascinada pelo Warforged Mage.

Warforged (living construct)

Habilidades

Força +4, Sem Constituição

Poderes

Imunidade 30 (Efeitos de Fortitude)

Proteção 2 (Impenetrável)

Regeneração 5 (taxa de recuperação)

Matemática: Habilidades -6 + Poderes 39 = 33 pontos.

E agora vamos deixar de frescura que tem 120 trabalhos ali esperando nota. Fui!

Rolagens de humor

Massacre dos mutantes: Pérolas

 

Após uma incansante aventura de Mutantes e Malfeitores, além da história, temos muito a guardar. Fatos memoráveis. Fatos que mereciam ser relatados à posteridade. E o mais importante de tudo, hilariantes. Começamos com a influência demoníaca from hell de nosso caro amigo Brunno (Marreta), que após sucessivas jogadas de nossa cara amiga Hypa, é notada. Ao serem realizadas várias experiências de campo, vemos a incrível habilidade sobrenatural de Brunno, sugar a sorte de nossa aventureira Hypa. Ao ser lançado o dado, Brunno com seu incrível poder conseguia com que nossa amiga Hypa tirasse maus resultados, de desde 9 a 1 sucessivas vezes. Perto do fim da partida, chegavam a forçá-lo a se distanciar de Hypa. E o mais incrível, quando Brunno se afastava de Hypa a ponto de perdê-la do seu campo de visão, seu poder era cessado e a aventureira tirava bons resultados. Isso é o que eu chamo de secar uma menina!

Como se o incidente dos dados não fosse o bastante damos gargalhadas com a incrível inteligência de Hypa, nossa querida azarada, sob a influência de forças paranormais, ao ver o vídeo depois dos créditos de Ironman, que ao se ver diante do ator Samuel L. Jackson (interpretando Nick Fury) exclama: “Nossa! Mas como ele se parece o Samuel L. Jackson! Não é?”.

Se não bastassem esses relatos, vemos mais uma vez Hypa (dessa vez em conjunto com Suca), ao lhe ser informada por Valberto (Mestre) de uma incrível história verídica de garotos envolvendo Street Fighter e sua lendária técnica “Haduken”, suas incríveis reações: “O que é Haduken?”, “É aquele golpe do Dragonball, não é?”. É claro que após muitas pérolas, nosso amigo Hugo ao se sentir mais animado, ao zoar Hypa “até a morte”, quase torna a morte mais próxima a Hugo.

 

 

O Apocalipse Zumbi está entre nós!!!

Pelo menos, virtualmente e para download gratuito.

 

Quem acessa o meu blog sabe o quanto eu gosto desse tema e sabe de minha predileção por RPGs curtos, diretos e fáceis de jogar. Bem, este aqui não é diferente. É um RPG completo, diagramado e em formato PDF feito por mim, com a colaboração direta e indireta de dezenas de amigos.

Este foi um projeto de RPG criado para participar do RPG 24 horas, mas como eu não fui capaz de fazê-lo em 24 horas (o tempo total de edição foi 28 horas, 44 minutos e 28 segundos, segundo o micrososft word) resolvi esquecer o RPG 24 horas e expandir um pouco a sua proposta, colocando-a no 4shred para que as pessoas possam baixar, jogar e se divertir.

É um RPG de zumbis. Para sobreviver num mundo infestado de Zumbis. 25 páginas com tudo o que você precisa para se dar bem neste tipo  de jogo e passar algumas sessões de jogo no clima de Walking Dead, Resident Evil e e Dawn of the Dead.

Compatível com o sistema OGL – o antigo.

Chequem e me digam o que acharam:

 
 

http://www.4shared.com/file/107376451/1a9f17b0/APOCALIPSE_ZUMBI_V10.html

 

Só a moonshadows… o resto é lojinha

A Michele da Moonshadows me enviou um email me pedindo para divulgar mais uma nova promoção do Livro do Jogador D&D 4e em PortuguÇes a 71,91 sem frete para todo Brasil. Fiz um press release e quem quiser ajudar na divulgação, fiquem a vontade! ATENÇÃO SÓ ATÉ SÁBADO (23/4) !!! NOVA PROMOÇÃO DA MOONSHADOWS! FRETE GRÁTIS PARA TODO BRASIL, COM O LIVRO DO JOGADOR D&D 4e em PORTUGUÊS A 71,91!!! A Michele da Livraria Online Moonshadows, divulgou mais uma nova promoção! (…)”Para não deixar o RPG diminuir no Brasil estamos oferencendo frete grátis até sábado para as compras do livro do jogador no preço de R$ 79,90 por R$ 71,91. Quem optar por ficar com 15% pagando R$ 67,95 não terá o frete grátis, mas sim 5% a mais para tentar abater no frete escolhido.” Michele – Moonshadows Livraria http://www.moonshadows.com.br/loja/ Quando fizer a sua compra, mencione a promoção! Aproveite essa oportunidade para comprar o seu Livro do Jogador para D&D 4e em Português!

Dia D&D é na Moonshadows

É com prazer que a Moonshadows Livraria convida nossos clientes e amigos para o lançamento
do D&D Livro do Jogador 4ª Edição em português em nossa livraria neste próximo sábado dia 23 de Maio.
Também neste sábado, estaremos realizando o Dia Mundial de D&D com nossa parceira Ludus Luderia
para comemorar os 10 anos da Moonshadows Livraria e estaremos concedendo um desconto de 15%
no Livro do Jogador para os clientes que comprarem o livro no sábado em nossa livraria além de um vale-desconto
de 5% para a compra do próximo manual básico de D&D 4ª em português que será lançado pela Devir.
Você também poderá comprar pelo nosso site até dia 22/05 (sexta-feira) o D&D Livro do Jogador 4ª Edição com 15% de desconto.
Aguardamos sua presença!!!

Onde: No mesmo lugar há 10 anos, Moonshadows Livraria / Ludus Luderia – Rua Treze de Maio, 966 / 972 23 de Maio das 11:00h às 17:00h.

http://www.moonshadows.com.br
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Se não puder ter o mais caro, divirta-se com alguma coisa que você possa pagar

 

Engraçado como a vida nos prega peças e nos ensina preciosas lições no nosso dia-a-dia. Preciosas e fugazes. Tão breves que se você piscar o olho vai perder. E hoje, justo hoje eu consegui ficar sem piscar para poder aproveitar.

Domingo teve jogo aqui em casa. Mutantes e Malfeitores. Meu filho e sua trupe. Mais cedo eu fui convocado para pegar o meu Beto-mobile e ir até o mercado comprar provisões para a festança dos jogos. Chegando lá eu pensei em comprar uma Coca-Cola, mas o preço meio que me tirou de órbita. Daí eu vi uma Skin Cola por menos da metade do preço. Nem pensei muito e coloquei a danada na cestinha. Peguei também umas pipocas de microondas e estava pronto para voltar. Custo da brincadeira? Baratinho.

Chegando em casa o meu filho chiou pra caramba o fato de eu não ter comprado Coca-cola. “Isso tem gosto de água oxigenada” dizia ele. “Você não pode servir isso aos meus amigos! É uma vergonha”. Por fim, com a minha costumeira paciência e bom humor eu disse: “Faz assim, tu bebes água enquanto eu e teus colegas bebemos isso. Eu aposto que se eu colocar num copo a skin e a coca você não ia saber quem é quem”. De fato, no jogo ele ficou sem beber, por mais ou menos dez minutos e depois se rendeu. Os colegas dele comentaram que tanto faz o refri, desde que tenha refri. Pipoca e refri genérico descem bem e ajudam a manter o jogo divertido.

E qual é a grande lição? Você não precisa gastar 2,99 numa Coca-cola quando pode pegar 1,40 numa Skin Cola. Não precisa, porque no fim das contas a diversão vai ser a mesma. Aliás, para que comprar Coca-cola? Por que a propaganda disse que o resto era “refrigereco”?

E isso é uma coisa que se aplica a muitas coisas da nossa vida: eu sei que eu não preciso do livro mais chique, mais novo ou mais moderno para jogar. Posso usar só o que eu já tenho que já é coisa para catete. Meu pendrive genérico funciona tão bem quanto o Sony do meu colega. O meu SRD tem as mesmas regras do D&D. O meu M&M pode ser em preto e branco, mas ele esta aqui e em português – não devendo em nada para o seu primo “gay” em inglês.

Mas e o padrão de qualidade? Não estou pedindo para que ele seja ignorado. Só estou pedindo para que as pessoas dêem uma boa olhada no que já tem ou no que podem ter acesso com pouco ou virtualmente nenhum custo. Você não precisa do D&D 4E ou de qualquer outro livro novo para ter pessoas rindo em torno da sua mesa, se divertindo. Use o que já tem. Já está pago, não vai a lugar nenhum.

Acredito que assim como o resto do mundo, que também é uma produção humana, o RPG sofre com o problema da grife. Não basta usar um sapato bonitinho: tem de ser Nike, mesmo que seja Nike, comprado na feira dos importados por 50 reais. Não basta ser funcional, tem de ser comprada na feira de Ceilândia com a marca “Diessel” costurada no rego. Não basta ser RPG: tem de ser RPG de grife – mesmo que seja piratão PDF baixado da internet.

Tem muita coisa que você pode fazer com o que já tem. Aproveite.

Minha contribuição para o Encontro de Blogs

EBB

Ok, não sou nenhum gênio do Photoshop, mas pelo menos, não estou parado reclamando.

Vem aí: a guerra do OGL

Imagine a seguinte história. Era uma vez um rei muito poderoso que conseguiu unir sob seu comando um fantástico reino, com dezenas de nações dominadas. O segredo do rei era a antiga religião e uma fonte de poder incrível. Este rei, benevolente e poderoso deixou que outros governantes absorvessem da mesma fonte de seus magníficos poderes: alguns cresceram grandes e fortes e outros morreram no processo, e uns poucos evoluíram. Por fim o ciclo do grande rei chegou ao fim e quando ele veio a falecer, seu herdeiro não soube administrar o império, que se fragmentou em dezenas de reinos menores. Alguns reinos ainda seguiam a antiga religião, mas sem a sombra permanente do monarca, forçaram a si mesmos a evoluir, “consertando” o que consideravam “errado” na velha religião. Depois que o novo rei baniu a antiga fonte de poder e elegeu outra, banindo seus antigos seguidores, criou-se um vácuo de poder entre aqueles que antes seguiam a velha religião.

Parece um roteiro de filme estranho não é? Mas é o que vem se desenhando no Brasil atualmente. Troque Rei benevolente por D&D 3.X, nações dominadas por jogos OGL e novo regente como D&D 3E que você vai ver como as coisas se encaixam.

Quando a devir afirmou essa semana que não daria mais suporte a 4ª edição de D&D eu vislumbrei um foco de guerra. De um lado o pessoal da editora Jambô que já vem trabalhando a algum tempo numa nova e simplificada versão do OLG 3.X chamada de Tormenta OGL. Do outro o pessoal do Portal Cujo Nome Não Pode Ser Dito, unido com a editora Conclave. Vejamos o que eu consegui garimpar dos dois:

Jambo e Tormenta:

Existe um FATO que é o aniversário de 10 anos de Tormenta em 2009. E só por isso já seria um ótimo motivo para se trazer material novo, e até quem sabe não fazer umas mudanças. Logicamente que, somando isso ao fato do anúncio do fim do suporte da Wizards para o D&D 3 e de uma versão 4.0 diferente do que se tinha antes, seria também uma ótima oportunidade de se libertar do d20 (que exige que você tenha os 3 livros básicos do D&D 3, que custam mais de 100 reais juntos) e lançar um livro com sistema próprio de regras (no estilo do 4D&T, Ação!!!, Primeira Aventura e Mutantes e Malfeitores). Somando 2 mais 2, se espera obter um 4. Ou um Tormenta OGL.

Quem acompanha o (excelente) trabalho da Jambô com Tormenta nos últimos anos sabe que os caras são bons de serviço (lançaram mais livros em menos tempo, além dos romances) e que fazem o que podem para agradar aos fãs do cenário.

Então, só nos resta esperar algum futuro anúncio sobre Tormenta. Com certeza é algo que será bem recebido por vocês.

Conclave e Outros:

A Wizards of the Coast abandonou a 3ª edição e, aqui no Brasil, a Devir também seguiu a Wizards e não irá publicar mais nenhum livro da Edição 3.5 ou dar algum suporte. Agora qualquer um pode assumi-la e dar continuidade a ela, inclusive em uma linha evolutiva diferente da 4ª edição. Chamadas genericamente de “Edição 3.75”, esses produtos dão continuidade e evoluem a edição 3.5 do D&D. O melhor exemplo disso é o Pathfinder da Paizo.

Nós, da CENSURADO, com o apoio da Conclave Editora, resolvemos fazer uma “Edição 3.75” brasileira, e assim nasceu a Iniciativa OGL 20.

Nosso objetivo é lançar novos livros básicos do sistema D20 em PDF para download gratuito, fazendo um upgrade na Edição 3.5 do D&D, mas mantendo a compatibilidade com os materiais oficiais lançados. Esta nova versão, além de elevar o patamar de jogo, procura sanar os problemas de equilíbrio do antigo sistema.

Nós, da Iniciativa OGL 20, queremos que vocês não apenas participem, mas que sejam parte desta empreitada.

Estamos finalizando a versão de playtest do OGL 20 – Livro do Jogador, que será disponibilizado para download gratuito, como todo produto da Iniciativa OGL 20.

Queremos que vocês o testem em suas mesas e nos ajudem a lapidá-lo. O feedback de vocês será fundamental para isso. Mas mais importante do que ajudar, queremos que vocês nos mostrem como querem que o sistema evolua e melhore. Mais do que contribuir, nós queremos que vocês sejam parte ativa e integrante da Iniciativa OGL 20, uma alternativa para o RPG brasileiro.

Eu ficaria feliz se não houvesse uma série de implicações sérias desses dois projetos. O primeiro é que nenhum dos dois vai dar continuidade “real” ao sistema d20 3.5. Cada um vai criar seu próprio sistema de regras baseado na licença d20. Em alguns pontos eu me pergunto até onde irá a suposta compatibilidade dos dois produtos, uma vez que já tive oportunidade conferir o sistema de magias que será usada no Tormenta OGL (simples, mas bem diferente do sistema de magias tradicional do OGL – lance e esqueça).

Outra coisa que me incomoda nestes dois projetos são seus supostos líderes. Dois Marcelos. De um lado um Marcelo Egomaníaco e do outro, OUTRO. Não pensem que eu deixei me enganar por um segundo com frases como “nos ajudem a lapidá-lo”, ou “queremos que vocês sejam parte ativa e integrante da Iniciativa OGL 20, uma alternativa para o RPG brasileiro”.

Isso porque eles não são os únicos. Antiga religião, digo, licença OGL é irrevogável e serve para um sem número de jogos e sistemas próprios. O Old Dragon (99% ready, Yes baby, Yes!) é um produto caseiro, feito de fãs para fãs, e já tem uma pequena base d fãs. Raios, eu mesmo já criei e re-criei o sistema d20 uma pá de vezes nas páginas deste blog.

Talvez eu esteja fazendo uma tempestade num copo de água. Talvez as coisas acabem se acomodando, com o d20 fragmentado tal qual o império romano que transformou na Europa feudal. Talvez não dê em nada. Quem sabe?

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