A vida do outro lado da zona de guerra

Vida no complexo Prata-6

 

O som da tela de LCD dispara para além do volume que Roland tinha deixado noite passada. É o sinal do despertador inteligente que avisa que um novo e glorioso dia começou em Dédalo. A tela se ilumina, mostrando um paradisíaco nascer do sol, onde duas moças e um rapaz convidam para uma sessão de exercícios.

– Vamos lá! Sem moleza! Vamos começar a alongar esses músculos – diz a loira siliconada com voz carregada de excessiva sensualidade.

Roland se levanta olhando a TV com desdém. Ele se levanta tentando não ouvir a música de academia tocando no fundo. Por fim ele diz “canal do tempo” e a TV muda para a previsão do tempo em Dédalo. Uma imagem holográfica de um senhor de meia idade vestindo um terno tweet começa a falar sobre umidades relativas do ar e temperatura nas zonas da cidade livres das gangues e dos invasores.

Ronald passa para a cozinha, adjacente à seu quarto. Na verdade o seu apartamento é um quarto-sala-inegrada-e-banheiro de pouco mais de 30m². A sala e a cozinha são uma coisa só, separadas por uma bancadinha de imitação de madeira. Na cozinha uma máquina de lavar, uma geladeira e dispersor de comida. Ela toca no display do dispersor: as opções se acedem com o que existe no menu e o preço de cada um. Ele olha demoradamente as frutas, pensando quando vai ter HT’s o bastante para comprar uma delas. Por fim decide pelo de sempre: um shake.

Shake é o nome dado “carinhosamente” pelo pessoal que consome o produto. É barato, custa pouco mais de 0,31 HT por dose. Diz o rótulo que é feito com proteína de soja isolada e contém 23 vitaminas, ferro e sais minerais que o corpo precisa. Ele completa o pacote com um copo de hidrotônico sabor “chá verde light” e encomenda para o almoço outro shake para o almoço. O copo reciclado sai pela portinhola, seguido pela mangueirinha. 400 ml de líquido cremoso e cor de rosa são cuspidos no copo. O sabor não é ruim, pensa Roland, se você não se importa que ele seja igual a lamber as costas de um pedaço de azulejo.

Hora do banho. 5 minutos de chuveiro é tudo o que ele pode pagar, por isso ele raciona bem. Depois é vestir a roupa, pegar o equipamento no armário embutido e ir para o trabalho. Roland é membro de equipe de segurança. Ele é um soldado raso. O nível mais baixo da hierarquia. Por isso ele mora tão mal, junto com todos os outros soldados no complexo Prata-6.

Ele não sabe o que pode ser pior: ser morto em combate pelos malditos rebeldes invasores ou acordar com o canal de esportes de novo.

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A vida em Dédalo não é fácil para as pessoas que vivem no lado abastado da ilha. Seus números cresceram muito nos últimos anos e a vida sustentável que eles tanto idealizaram acabou tendo um custo muito alto.

As pessoas são separadas de acordo com a sua casta. A sua casta surge de acordo com a sua profissão e a escolha da profissão vem por meio de testes de aptidão. Quando a criança completa sete anos, é levada para a “Creche”, uma instituição governamental que vai instruí-la. Lá ela é testada de acordo com o seu potencial: ouro, prata, bronze, ferro e latão.

Latão são os cidadãos de última classe. Gente especializada em trabalho pesado. São que recebem o menor modificador de HT e a pior educação. Recebem educação apenas o bastante para realizar seu trabalho de manutenção, construção e carregar peso. Praticamente escravos. Vivem nos complexos de Latão, próximo das fábricas que trabalham.

Ferro são comerciantes. Eles são pessoas que vendem produtos e serviços. Vendedores de roupas, médicos particulares, advogados e outros profissionais. Recebem bem mais educação e formação profissional que os Latão, e possuem mais qualidade de vida.

Bronze são os professores, líderes espirituais, tutores, administradores. São eles que ensinam e coordenam a cidade.

Prata é casta responsável pela segurança da cidade. Guerreiros, soldados, lutadores. São a força de segurança. Tem um modificador médio de HT e recebem uma educação belicosa. Prontos para lutar, sempre.

Ouro. São a casta dos filósofos, pensadores e homens iluminados. A eles cabem decidir os rumos da cidade, suas políticas. Recebem a mais extensa e complexa das educações. São os guardiões das tradições, da cultura e mestres dos segredos de Dédalos.

O romance entre castas é estimulado, afinal a cidade precisa de filhos.

 

Tiroteio nosso de cada dia

Combate em Dédalo

 

Dédalo é uma terra de conflitos. E não poderia deixar de ser, uma vez que o prêmio não é uma medalha ou um monte de ouro. Estamos falando de uma luta pela simples sobrevivência. Itens simples do cotidiano tornam-se motivos para viver ou morrer: um teto sobre a cabeça, comida, água e alguma diversão. Uma possibilidade de futuro. Dignidade. A busca pela felicidade. Pergunte por que as pessoas lutam. Elas lutam pelo futuro, elas lutam pelo que acreditam.

E a luta armada é a luta pela sobrevivência. Então as ferramentas da luta são indispensáveis. As armas de fogo são verdadeiras relíquias que são tratadas com carinho. Um soldado não abandona sua arma a não ser que sua vida esteja em risco. Um soldado que volta vivo pode tentar recuperar sua arma outro dia.

As armas são quase as mesmas a vinte anos. Elas são simplesmente consertadas, remendadas, ampliadas, canibalizadas. Armeiros são pessoas respeitadas não apenas porque sabem fazer e consertar armas, mas também porque conhecem o segredo das munições. Sim, porque não existe pólvora na ilha. Você sabe que a Pólvora Negra, principal princípio propelente da munição moderna é feita com Nitrato de sódio (NaNO3), Enxofre (S) e Carvão vegetal (provê o Carbono) e nitrato de potássio (Salitre – KNO3, que provê o Oxigênio). O carvão vegetal é um elemento mais que em falta em Dédalo. Então optou-se por usar a munição subsônica, recheada com gás. O gás entra no lugar da pólvora dentro da capsula de disparo. Embora ela seja mais “fraca” que sua contraparte de pólvora é a munição mais usada.

O gás vem de material orgânico em decomposição, como fezes de animais, algas em decomposição e outros materiais. Ele é captado em cilindros especiais para este fim e colocados nas munições via injeção com um bico.

Outra característica é que as capsulas usadas são recicladas. Elas valem alguma coisa, uma vez que é muito melhor reencher o seu refil do que produzir uma nova.

Se não ganha pela mortalidade, a munição é mais silenciosa. Ela faz pouco barulho, mesmo sem silenciador. Com silenciador então, a munição ganha o nome de Quietus, ou morte silenciosa.

As equipes de segurança usam tecnologia semelhante, mas ao invés de usarem gás apenas, também usam um sistema perecido com o das armas de Gauss para expelir a munição. São chamadas de armas elétricas. Os rebeldes tentam fazer cópias destas armas, mas não têm tecnologia para isso ainda.

Já a ponta usada normalmente é de chumbo. Existe chumbo em abundância na ilha, e ele pode ser derretido com facilidade. Outras pontas menos comuns são as de cobre, as de ferro fundido e algumas até de aço.

Granadas e outros explosivos são comuns e usam a mesma tecnologia de gás. O problema é que por causa disso eles têm a efetividade limitada das munições comuns. Não existem lança-mísseis ou lança-foguetes.

Outras armas são o lança-chamas portátil, chamada carinhosamente de Drachenatem (uma corruptela de hálito de dragão, em alemão) e a besta. Sim armas mecânicas como arcos e flechas, são comuns porque são silenciosas, e não perdem potência com munição. Bestas de mão são comuns, com setas variando de 10 a 15 cm de comprimento.

Armas brancas são ainda mais comuns. Espadas, facas e outras armas são populares porque não precisam recarregar.

Dédalo é um barril de pólvora sem pólvora pronto para explodir.

 

Dédalo: explicando como é a economia – de novo.

Vivemos sem dinheiro.

 

Como seria um mundo sem dinheiro? Ah, eu me lembro dessa frase quando eu ainda era professor da Universidade de Berlin, mestrado se não me engano. Era uma verdadeira obsessão periódica essa história de viver sem dinheiro. E olha que algumas teorias eram realmente boas. Mas nenhuma se aproximou minimamente da realidade final. Depois de mais de 5 mil anos com dinheiro circulando de todas as formas, de barras de ouro a pedaços circulares de rocha de 2m de diâmetro, passando pelo cheque especial e o cartão de crédito não ia ser uma coisinha trivial como fim da civilização humana que ia acabar com o dinheiro. Claro que as notas de vinte dólares que eu carrego na minha carteira – por que diabos eu carrego uma carteira? – não servem para nada. Mesmo. Mas se tem uma coisa que eu aprendi vivendo em Dédalo é que se você não pode ter o original, faça uma gambiarra e adapte.

Na falta do dinheiro como conhecíamos surgiu o uso de bens de 1ª necessidade e que poderiam ser estocados, divididos, e passados para frente com certa facilidade. Isso mesmo. Água potável é uma moeda forte e confiável. Tem um poder de desvalorização forte quando você bebe – e você precisa beber – mas fora isso é uma moeda mais ou menos estável. Mais ou menos porque como a soja do começo do século XXI ele depende também de condições climáticas. Não esqueça que estamos no meio do oceano, um calor de rachar e sol/céu azul para onde se olhe… mas mesmo aqui também chove. E quando chove o valor da água caí lá para baixo. Todo mundo estoca. É incrível. Nessas épocas de chuvas – ocorrem por volta de setembro a janeiro as garrafas pet valem mais que água.

Falando em garrafas, as de vidro duram mais e são 100% recicláveis. Quebrou? Junte os cacos e leve no seu soprador de vidro favorito. Ele fará outro para você. A pergunta que você pode estar se fazendo é: e quando tem muita água, o que é que vira moeda corrente? Metal. Na verdade não metal, mas formas de tratá-lo. Veja bem, temos muito metal à nossa disposição. O que não temos é combustível para ativar as fornalhas necessárias para tratar esse metal. Temos a forja, mas não temos o carvão. Claro, a energia solar é limpinha e a eólica é fresquinha, mas não podem simplesmente serem usadas para fundir metal. Não temos sequer madeira, pelo amor de deus!

Então na nossa escala de moedas temos até agora a água potável, combustível para fundição… e o que vem depois? Claro… comida e remédios.  A guilda dos farmacêuticos foi fundada tem uns 11 anos como uma simples associação de classe, mas agora funciona como uma sociedade secreta, guardando para si os segredos para fazer todos os remédios maravilhosos, sem os quais não podemos viver. Comida, bom, tem duas fontes: o parque Greenpeace, as fazendas de peixe e as plantações de alga. Claro que a criação de cachorros, gatos e ratos para este fim são muito dispendiosas, mas não imagino uma festa de casamento sem pelo menos um cachorro recheado com molho de algas picantes e arroz de soja e farofa de milho. Uma fortuna sem dúvida, mas é só saber guardar água no momento certo.

Peças de tecnologia funcionais são a próxima moeda. Sempre necessários, faça chuva ou faça sol. O problema é a parte “funcional” da expressão peças. E o que é funcional, bem, eu jamais saberei. Sei que i-pods valem muito e que o carregador de baterias universal que eu tenho – que funciona com energia solar – vale muito mais. Mas as vezes apenas peças não são o bastante. Você pode ter todas as peças de um motor de um aerodyne 1400, mas se ninguém que saiba montá-lo, ele será só um monte de metal não tratado.

Claro que outras coisas e serviços ainda são vendidos. Prostituição não é incomum. Instrumentos musicais são outro item fantasticamente raro. Nestes últimos anos eu só vi um violão. E mesmo este estava sob segredo, escondido na casa de um amigo meu. Entretenimento neste nosso mundinho moribundo é bem raro. Imagino se um dia vou ter coragem de descer as escadas para ver um show de rock de verdade. Soube que os Sharktrons tocam bem, embora nunca tenha ouvido nada deles.

Educação vale muito também. Quem pode manda os filhos para escola e por volta dos 10-12 anos eles aprendem a profissão dos pais ou vão aprender a profissão de alguém. Meu sobrinho Josh esta aprendendo com os médicos da clínica da rua Rudd a ser cirurgião, enquanto que seu irmão uniu forças com os greenies para ser um rigger – um engenheiro mecânico especializado em construir, consertar e adaptar pequeno veículos remotamente controlados para ação e combate . Até porque nada diz mais “vá se danar” do que um drone de combate C-111 disparando na sua direção. Eu me sinto cansado no meu mundinho de poucos metros quadrados. A cadeira de rodas me leva para onde eu quero ir, mas não tenho muitos lugares para ir. Sinto falta de uma boa garrafa de cerveja gelada – e não essa urina de porco que servem como chope aqui. Deus, eu mataria por uma Guinnes agora.

 

Simplificando e Modificando o D&D 3.XYZ

Eu adoro o D&D antes da 4ª edição, mas nunca gostei da complexidade do sistema. Por isso, depois de algumas elucubrações e uns testes resolvi apresentar algumas propostas para simplificar o sistema.

 

Novos atributos

Alguns atributos saem e outros entram:

Força →Força

Constituição →Vigor

Destreza → Destreza

Combate → Atributo novo. Indica quão bom de briga você é.

Inteligência →Intelecto

Sabedoria → Consciência

Carisma → Presença

O objetivo do atributo combate é simplificar os cálculos para o combate.

 

Chega de atributos e modificadores

Apenas modificadores. Assim se antes você tinha Força 13 (+1), anota apenas o +1. Você tem 14 pontos para distribuir entre os atributos. O novo valor de Força utilizado para determinar o dano de um personagem que empunhe a arma com duas mãos passa de x1,5 para x2. Um guerreiro de nível 1, com força +4, empunhando um machado de duas mãos causaria 2d6+8 de dano ao invés de 2d6+6.

Chega de vários dados

Tudo agora é com d6. 3d6 substituindo o d20. Ao rolar 3d6 como se fossem 1d20, um resultado 18 é um acerto crítico, e um 3 é uma falha crítica. Ao contrário da regra normal, acertos e falhas críticas não precisam ser confirmados com uma nova rolagem.

Danos de armas, dano de magias, efeitos e demais dados exóticos são todos substituídos por dados comuns de seis faces, da seguinte forma:

1d4 = 1d6–2

1d8 = 1d6+2

1d10 = 2d6–2

1d12 = 2d6

 

Perícias Simplificadas:

Saí aquele monte de perícias e entra essa lista, bem mais enxuta.

Acrobacia (Des)
Atletismo (Des)
Conhecimento (Int)
Enganação (Pre)
Furtividade (Des)
Iniciativa (Des)

Intimidação (Pre)
Intuição (Cons)
Investigação (Cons)
Magia (Int/Cons/Pre)

Medicina (Int)
Percepção (Cons)
Persuasão (Pre)
Prestidigitação (Des)
Veículos/Cavalgar (Des)

 

Menos Ataque, Mais Dano:

Só é possível realizar um ataque padrão por rodada. Ataques extras são permitidos desde que o personagem tenha talentos que justifiquem o segundo ataque. O talento Ataque Extra permite que o personagem faça um segundo ataque, dividindo como desejar o seu bônus total de ataque. Cada vez que este talento é adquirido ele dá direito a mais um ataque e mais uma nova divisão.

Ataque: 3d6 + BBA + Combate corporal + ½ nível

Dano: Arma + Força/Destreza + ½ nível

Defesa: 12 + Combate + Destreza + ½ nível.

 

 

O sistema de comércio e tecnologia

Especialmente no lado dos rebeldes

 

Como era de se esperar não existe comércio tradicional uma vez que dinheiro não tem importância aqui. Os itens ganham ou perdem importância de acordo com a necessidade que existe deles naquele momento. Tudo é feito na base do escambo.

Entretanto tem aqueles itens que são sempre valiosos. Água purificada é uma delas, assim como matéria prima (metais, peças), comida, peças de roupa, isqueiros, remédios, tecnologia funcional, ferramentas e livros… num mundo como Dédalo tudo está em falta. Peças de reposição e itens relacionados ao lazer são incrivelmente valiosas, uma vez que as indústrias que existem na ilha não fazem inovações tecnológicas. Mesmo nas zonas mais abastadas a falta de peças e o “canibalismo” de peças é grande. A prata é considerada um mineral raríssimo, justamente porque sua necessidade para fazer funcionar os implantes cibernéticos.

Não existe uma regra definida para essas trocas. Um cara precisa do seu GPS recarregado com energia e outro precisa de 20 litros de água potável; um precisa de reparos no seu rifle e outro precisa de 30kg de ferro não enferrujado; alguém precisa de um remédio feito com ervas medicinais e outro cara precisa de um PDA capaz de ler arquivos em PDF. É assim que funciona. Quem produz pão de algas troca com quem produz leite de soja e assim por diante. Ou você produz ou você rouba, é o que diz a lei das ruas.

No ramo tecnológico houve regressão nos costumes e o quase desaparecimento da cultura como era conhecida. Livros de história são apenas fragmentos de um mundo perdido nas brumas do tempo e da fantasia. A tecnologia humana praticamente parou de progredir. Sem investimentos, sem pesquisa, sem uma padronização ela não teria como evoluir para além do super aproveitamento e da gambiarra. A maioria das zonas conta com um “sábio” (um techie) que é capaz de consertar qualquer cosia. Oficinas assim são pontos de encontro importante para quem deseja alguma coisa. Artefatos como painéis solares e ampliações cibernéticas são coisas relativamente comuns na maioria dos lugares, mas nem por isso são baratas.

A grande maioria da população conta com luz elétrica em suas casas (na maioria das vezes provenientes de geradores particulares, já que quase não existem grandes redes de fornecimento elétrico). Água encanada é um item raro e apenas os mais ricos possuem.

Na cidade alta boa parte da alimentação vem do mar. Fazendas de algas e pescado produzem matéria prima que é trabalhada nas fábricas do setor industrial. De lá sai água potável para a cidade alta – um local fortemente protegido onde os fundadores e seus descendentes vivem – e para alguns lugares do resto da ilha.

Na cidade baixa, as terras das zonas, a comida também vem, em sua maioria, do mar. Mergulhadores também possuem fazendas de algas e também existe a pesca, mas ela é bem mais artesanal e precária. Ser pescador é uma profissão perigosa e de alto risco. Outra fonte de alimentos é a horta de transgênicos no Parque “Green Peace”. Lá é cultivado soja, feijão e milho. A área é tida como uma zona azul e todos querem que ela continue assim. Não podem correr o risco de um incêndio eliminar toda a comida da ilha. Ratos que vivem nos esgotos, assim como alguns animais domésticos como cães e gatos também são preparados em ocasiões especiais como iguarias.

Certas áreas de conhecimento, especialmente, sofreram um regresso significativo: os transportes, por exemplo, estão reduzidos quase que completamente aos veículos que já existiam na ilha quando ela foi invadida. Mas mesmo estes estão em péssimas condições, rodando com as mesmas peças a quase 30 anos. E mesmo que não estivessem, muitos deles simplesmente não têm para onde ir. Os barcos que trouxeram os milhares de refugiados para a ilha hoje formas duas grandes zonas habitacionais: a vila flutuante e Port Royal.

A vila flutuante é exatamente isso: um amontoado de barcos de pequeno porte, cruzetas, iates e outras embarcações menores que aportaram ali e foram sendo “ocupados”. Já Port Royal é onde ficam os grandes navios intercontinentais, como alguns petroleiros e navios de carga, hoje abandonados e servindo de moradia e sede para os Krugen.

Os poucos veículos capazes de voar são naves elétricas de curto alcance das forças de segurança. Silenciosos, estas máquinas garantem a supremacia dos Homens da Segurança com eficientes (às vezes nem tanto) ataques aéreos.

A qualidade da medicina é bastante inconstante: dependendo de onde se está, pode ir desde salas esterilizadas e equipamentos médicos incrivelmente avançados, até amputações e sangrias realizadas numa sala escura, suja e fedorenta. Emplastros, superstições, benzedeiras e chás também estão na lista dos itens hoje associados á medicina.

Embora parte da tecnologia seja avançada, ela se ressente da falta de industrialização: tudo é fabricado/adaptado/consertado manualmente, o que significa que não é possível encontrar peças de reposição com facilidade. As trocas de idéias entre os técnicos e a padronização são quase inexistentes, e, na maioria das vezes, um equipamento só poderá ser consertado por seu próprio criador ou seus ajudantes. Existem inclusive aventureiros dedicados a viajar pelas ruas em busca de recuperar não apenas tecnologia, mas armas, equipamento e peças de arte.

A relação existente entre os sobreviventes e os fundadores também não é dos melhores,. Com a tensão crescente entre os grupos elas só tendem a piorar. Mas de tempos em tempos os fundadores lançam sobre as zonas brancas e azuis pacotes de pára-quedas com remédios, roupas e outros itens. Mas é só. De resto, as relações são entre os homens da segurança e a população.

 

As cores das zonas

As zonas

 

Espero que este e-mail chegue a seu destino. A rede tem falhado muito nos últimos dias, graças aos ataques dos rebeldes. As forças de segurança têm feito tudo o que podem, mas a cada dia a situação fica mais e mais complicada. Temos que tenhamos de tomar medidas mais drásticas. Ouvi que o Conselho dos Fundadores está pensando em usar bio-armas. Será que chegamos mesmo a este ponto de barbárie?

Como é do seu conhecimento os meus pais eram biólogos. Ainda trabalho com o meu pai, especialmente na nova versão da Alga G-7a3 (esperamos um sabor mais adocicado que a G7a2.2), mas o meu foco de pesquisa sempre foram as ciências sociais. Acredito firmemente que não é possível aliar desenvolvimento sustentável sem uma maneira de incluir os demais sobreviventes, mesmo que eles tenham transformado o que restou do nosso mundo num inferno.

Sendo assim, a cerca de um ano eu seqüestrei um dos moradores dos níveis inferiores e fiz com ele uma proposta. Instalaria em seu olho um sistema de gravação com transmissão especial dedicada e durante um ano eu veria tudo o que ele vê e ouviria tudo o que ele ouve. Foi uma pesquisa interessante, porque me permitiu descobrir muitas coisas sobre nossos convidados indesejáveis. Devo apresentar algumas conclusões ao conselho de segurança, mas acho que posso confiar em você para mostrar parte do meu trabalho.

Os rebeldes dividem-se em vários grupamentos sociais mais ou menos organizados. A grande maioria deles – estimo algo entre 80-95% – são pacíficos e tudo o que querem é sobreviver. O que me preocupa é uma forma de institucionalizada de rebeldia e transgressão social nos termos da lei chamada de Milícia. Eles fazem o papel de uma versão perversa de nossas forças de segurança. São eles que nos atacam e criam um verdadeiro terror nas zonas que dizem “proteger”.

Mas é sobre as tais zonas que eu quero falar. Elas não são muito diferentes de nossas zonas de segurança. Apenas o nosso sistema é mais sofisticado. Os rebeldes dividem suas fronteiras de atuação em zonas. Cada zona é marcada por uma cor. Quanto mais “frio” a cor menor o risco de distúrbios civis. Quanto mais quente, maior o risco.

Assim as cores das zonas são:

Azul – Zona livre. Sem distúrbios. Acho que se vamos começar a pacificar os Rebeldes esta é a zona para começar. Normalmente são centros de referência, com hospitais. Sim, eu acho incrível que eles tenham hospitais.

Verde – Zona moderada. Distúrbios ocasionais. São pequenos complexos, normalmente dedicados a fabricação de alguma coisa que os rebeldes precisam MUITO, como vacinas, remédios ou algum tipo de comoditie como combustível.

Amarela – Zona de perigo. Distúrbios constantes. A grande maioria das zonas é deste nível.

Laranja – Zona de Risco. Estado de guerra. Praticamente não existem moradores nestas áreas. São partes “mortas” da cidade. Numa comparação histórica seriam mais ou menos como a cidade de Stalingrado durante a segunda guerra mundial, onde nenhum dos lados envolvidos no conflito podia avançar.

Vermelho – Zona de alto risco. Estado de guerra declarado. Existem apenas duas zonas como esta: Perto do que eles chamam de Zona de Guerra Central e a Baía de Acesso ao Estaleiro Naval da Zona P1. Estas zonas são perigosas porque é aqui que as forças rebeldes tentam se infiltrar em nosso território. Foi ali que eu capturei o espécime que serviu de pesquisador vivo para mim.

Branca: Esta zona não tem controle de milícias. Por um motivo ou por outro – isso não fica claro. As zonas Brancas costumam ficar perto das zonas Vermelho e Laranja e não é incomum que algum conflito que comece nestas zonas se espalhe temporariamente para as brancas.

Espero que entenda que o estudo ainda esta nos patamares preliminares e mais de 4 mil horas de vídeo não foram observados ainda. Mas uma coisa interessante é que eu pude perceber que — O servidor interrompeu inesperadamente a conexão. Possíveis causas para isso incluem problemas no servidor, problemas na rede ou um longo período de inatividade. Conta. Bio132a19pc9, Servidor: biotech13.com, Protocolo: POP3, Resposta do Servidor: ‘+OK’, Porta: 110, Seguro (SSL): No, Número do erro: 0x800ccc0f.

 

Recordações.

 

Eu me lembro quando chegamos em Dédalo. Londres estava arrasada pelos distúrbios civis e o meu pai gastou as últimas economias para que eu e minha irmã viéssemos para cá, no compartimento de carga de um avião da Microsoft.

Mesmo cheia como estava à época a cidade ainda era linda e ainda dava para sentir o cheiro do seu esplendor. Descemos no aeroporto da zona oeste – difícil pensar que hoje aquelas pistas são a vila do aeroporto: uma zona controlada pela milícia dos Greenies.

Nestes últimos 25 anos que vivo em Dédalo eu vi muita coisa acontecer. Vi a cidade mudar. Mas sempre que ela muda, muda para pior. Eu perdi a conta das vezes em que eu e a minha irmã fomos expulsos de alguma zona. Hoje, ironicamente, vivemos perto dos portões que dão acesso á zona de guerra. Quase ninguém quer viver aqui, mas fica perto de onde eu trabalho.

Eu sou um catador. O meu trabalho é visitar a zona de guerra em busca de partes úteis. Peças cibernéticas de soldados abatidos, armas, munição, qualquer coisa que dê para ajudar. Um bom braço cromado pode valer um mês de água potável ou mais. Um chegado meu, o Tim, achou um pendrive com mais de 150 músicas de boa qualidade do assim chamado Pop dos anos 2000. Dizem que ele comprou tanta água que deu para tomar banho de banheira nela. Juro.

Claro, os riscos são grandes, de verdade. Minha irmã não me acompanha nessas “viagens de trabalho”. Ela esta terminando o curso de medicina da clínica da rua Rudd. Ela vai ser uma “doutora”. Mesmo que ela ainda não seja, todos os dias batem à nossa porta para algum tipo de atendimento. Eu mesmo já aprendi alguns truques, como estancar sangramento com pasta de algas estragada e como usar a cachaça da destilaria como anestésico.

Apesar de morar num lugar perigoso, o meu bairro é classificado como zona branca. Ou seja, sem o domínio das milícias. É bom por um lado, já que eu não tenho de pagar proteção para ninguém, mas também é ruim porque não tenho a quem recorrer caso alguma coisa dê errado. Costumo fazer favores aos vizinhos, esperando que no dia que eu precise, eles saiam de suas tocas para me ajudar.

Engraçado tocar no termo “toca”. Eu achei que era nisso que viveríamos quando chegamos aqui, dois anos atrás. Mas nada disso. Vivemos num contêiner-apartamento. Um lindo modelo High Cube 12 por 3. Do chão ao teto tem quase 3 metros. O nosso é o azul 3-21. Ruim são subir as escadas, mas descer pelo poste é legal. É uma boa coisa ter um azul. Eu não gosto dos vermelhos. Fizemos duas escotilhas no ano passado para usar como janelas. No nosso bloco, o 3, têm aproximadamente 43 contêineres modelo High Cube Azul. Todos ocupados. Não temos água encanada, mas a energia dos painéis solares é abundante o ano todo. Tanto é que o Mário do 3-42 vive de recarregar baterias. Sempre que posso pagar peço para ele recarregar o meu i-pod: a prioridade é o meu GPS. Não dá para ir ao trabalho sem um GPS carregado e funcionando.

Claro que não vou na zona de guerra sozinho. Eu não sou louco. Vou com o resto da minha equipe. Associados talvez seja a palavra certa. Sim, vou lá com os meus associados. Sem uma equipe é meio que suicídio entrar lá… especialmente com as equipes de segurança entrando e saindo o tempo todo. Não que com uma equipe seja risco zero. Na última viagem perdemos dois “Soldados” e um “da Pesada”. Uma pena, a minha irmã gostava do Tom.

Mas o que sinto mais falta mesmo é de ver TV. Existe um cinema de cabines no fim da rua Oliveira, mas tem muita prostituta e travesti por lá. Eu sinto falta dos desenhos do Tom e Jerry. Tá na minha hora. Eu não sei se essa filmadora vai funcionar, mas se assim o fizer, quem sabe eu não consigo copiar alguns desenhos para o meu i-pod.

 

Dédalo – respondendo algumas perguntas

Pelo visto o mini-cenário de Dédalo está caindo no gosto popular. Pelo menos de algumas pessoas que eu prezo a opinião. Mas então surgiram duas dúvidas: como a ilha se manteve se os mares subiram sete metros em média e como é que não existem aparelhos de telecomunicação global. Bem, com este post eu pretendo solucionar estes e outros problemas.

Sobre a Ilha: Dédalo é uma ilha artificial. Pense nela como uma grande plataforma de petróleo na forma de uma ilha auto-suficiente. Ela é navegável e possui um sistema de controle de inércia, com contrapesos e giroscópios internos que mantém a terra “firme”, mesmo nas maiores tempestades.

E por falar em tempestades, o clima anda maio louco neste cantinho do Pacífico. Com o aumento do nível do mar a temperatura geral do planeta também subiu: tempestades são mais comuns do que antes. Chuvas e tornados varrem a cidade de tempos em tempos. Dédalo está numa posição estacionária a exatos 22 anos. O motivo ninguém sabe, mas de uns tempos para cá pequenos tremores assolam a cidade, especialmente nas suas zonas mais periféricas. Estariam os giroscópios desgastando-se?

Você deve estar se perguntando: e as telecomunicações? Se tem uma coisa que o mundo consagrou são eles. Todo mundo tem celular, muita gente tem computador em casa e as telecomunicações são seguras e confiáveis. Basta um telefone com linha dedicada via satélite e você pode falar com literalmente qualquer pessoa.

Então como explicar que Dédalo não tem contato com mundo exterior? É simples, ela não tem. Simples assim. Pode ser que não tenha sobrado ninguém no outro lado da linha disposto a responder; pode ser que não tenha sobrado nada no outro lado da linha que permite que algo seja respondido; ou pode ser o que você quiser. Por enquanto você tem que confiar em mim. É um dos segredos do cenário. Teorias da conspiração existem ás dúzias: desde alienígenas, passando por distúrbios climáticos, manchas solares persistentes… Existe inclusive um grupo miliciano, cujo líder é um ex-especialista de comunicações do governo americano que acha que alguma coisa na ilha “bloqueia” as telecomunicações com o mundo exterior. Quem faria isso e porque ninguém sabe.

Não existe internet também. O mais próximo que existe é uma intranet dos computadores centrais da ilha. Ligados por uma rede precária e com servidores piratas pipocando por todo o lado a “mini-rede”, como é chamada funciona quando pode e quando não esta sobrecarregada. Hackers conseguiram recentemente acesso a um dos mainframes principais e baixaram centenas de terabytes de informação sobre a cidade, mas que hacker fez o serviço e onde estão estes dados são outro mistério enterrado na ilha.

E antes que alguém pergunte, boa parte da alimentação vem do mar. Fazendas de algas e pesca produzem matéria prima que é trabalhada nas fábricas do setor industrial. De lá sai água potável para a cidade alta – um local fortemente protegido onde os fundadores e seus descendentes vivem – e para alguns lugares do resto da ilha. Como era de se esperar não existe água potável e nem energia para todos. Geradores solares caseiros ou eólicos resolvem o problema de algumas casas, mas não de todas. Existem diversas formas de purificação da água da mar: algumas, no entanto, são melhores e mais caras que outras.

 

Cyberpunk vinte o que?

Dando novos rumos ao cyberpunk

 

Faz algum tempo eu venho com esta idéia na cabeça de dar um rumo novo aos cenários cyberpunks. Por algum motivo a idéia dos cenários decadentes e cheios de cromo dos anos oitenta não quer sair da minha cabeça, mesmo sabendo que jamais chegaremos a nada minimamente parecido com aquilo. Na verdade, o cyberpunk, como foi pensado por Gibson e seus colegas, lá nos tempos áureos de CP 2020 e Shadowrun teve mais erros que acertos. Não surgiram as supercorporações, os governos não caíram e um monte de outras cosias não rolou.

Então cyberpunk passou, a meu ver, de futuro possível para futuro pretérito, uma vez que ele nunca foi futuro perfeito. Acredito que a sobrevivência do gênero pode se dar de duas formas: reinventando tudo à nova luz do mundo moderno – onde o foco é a telecomunicação e a informação; ou dando um visual retro ao cyberpunk já existe.

A idéia que eu estou bolando é focar tudo num cenário retrô. Uma mega-cidade chamada Dédalo. Construída em um futuro próximo, como parte de uma visão contemporânea verde, Dédalo foi um modelo de vida sustentável. Uma cidade 100% artificial, na forma de uma enorme ilha, tornou-se uma casa para os cientistas e pensadores concentrados em tornar a visão uma realidade, enquanto os seus patronos ricos construíram um paraíso de lazer.

Mas logo a ameaça de uma crise ambiental global tornou-se real: os pólos glaciais derreteram, o nível do mar subiu, e a própria sobrevivência da humanidade estava ameaçada. Milhares de pessoas do todo fugiram para Dédalo como uma última esperança. Refugiados agarrados à esperança de sobrevivência chegavam dia após dia, enquanto os fundadores e seus descendentes lutaram para manter a ilha.

Agora, Dédalo perdeu o contato com o que restava do continente e existe em isolamento total. Como a diminuição dos recursos – renováveis ou não – o equilíbrio de poder está comprometido e ameaça descambar para um terrível conflito.

Sem governo capaz de tomar conta do lugar as pessoas sobrevivem em zonas. Estas zonas por sua vez são governadas por milícias, grupos pequenos e fortemente armados, que funcionam como um clã ou guilda. É como se cada zona da cidade fosse um feudo e que em via de regra todos os feudos estão meio que em luta uns com os outros. Homo hominis lupus. Imagine como se fossem favelas sobre o controle do tráfico. As pessoas que moram lá, a grande maioria, só querem sobreviver. Quem invade e entra em guerra são os milicianos.

Sei que o cenário assim não parece grande coisa ou mesmo que ele parece limitado. Mas o que você me diz dele?

 

Top 5: Os monstros que eu mais gosto de usar.

 

 

Minhas aventuras de fantasia medieval têm sempre alguns monstros padrões que vira e mexe aparecem. São criaturas que eu acredito serem verdadeiros “hors-concours”. Uma aventura minha não pode ficar sem pelo menos um deles. O motivo eu explico em cada categoria.

 

5° Lugar: Licantropos.

Desde o mais comum dos lobisomens amaldiçoados pelo brilho da lua, até os terríveis e territoriais homens-urso bárbaros, passando pelos homens-rato xamãs urbanos do esgoto das grandes cidades medievais, os licantropos são sempre uma boa pedida de um nível de desafio interessante.

A sua simples presença pode ser o plot geral da história. Na minha aventura “O casamento de Matheril” os jogadores devem ajudar a clériga Matheril que se casaria com o ranger Esválio. O problema é que Esválio foi caçar nas florestas e ainda não voltou e a festa começa em alguns dias! Depois de enfrentar alguns monstros errantes os jogadores descobrem (ou não) que Esválio foi transformado num lobisomem. Um clássico para sacanear seus jogadores.

4° Mortos-vivos burros

O que pode ser mais desesperador que hordas e hordas de mortos-vivos burros vindo em sua direção? Seus feitiços acabam, seus pontos de vida são depauperados, e nem o clérigo consegue dar conta de todos eles. Não existe local seguro. Não existe onde se esconder. Apenas pequenas pausas no horror inexorável do avanço das criaturas sem cérebro.

Uma aventura clássica é a “Ilha perdida nas névoas” em que os jogadores são contratados para escoltar uma princesa até a sua terra natal via barco. No caminho são atacados por piratas e ficam à deriva até que, depois de passar por um nevoeiro suspeito, desembarcam numa ilha.

A ilha se parece com uma colônia humana. Torres de vigia observam vazia e silenciosamente as praias abandonadas. O lugar está todo abandonado em sem sinais de luta. É como se todo mundo simplesmente parasse o que está fazendo e fosse embora. Na busca por suprimentos os jogadores encontram uma torre com sinais de luta. Lá eles descobrem a terrível verdade: a ilha foi amaldiçoada e a noite, todos os que morreram nela retornam como mortos-vivos que só voltam a descansar quando matam todos na ilha.

3° Humanóides malignos

Goblins, orcs, trolls, trasgos, hobgoblins, e todo o resto. Essas criaturas são as melhores buchas de canhão que existem. Mercenários sempre ávidos por fortuna, donos de moral torpe e praticamente nenhum escrúpulo, eles são a mão de obra mais barata que um bandido em níveis baixos pode conseguir.

Na clássica aventura de D&D The goblin’s Lair é isso que nós temos. Lançada em 1992, ela é a segunda aventura do pacote de expansão do AD&D 2ª edição. As outras aventuras que se passavam no mundo de Thunder Rift eram: Dragon’s Den, e Haunted Tower. Os jogadores são lançados contra o Goblin King e seus exércitos durante sua tentativa de conquistar Thunder Rift.

Esta expansão incluía três livretos de 16 páginas cada, três mapas totalmente coloridos e alguns personagens prontos. A caixa oferecia três aventuras distintas que poderiam ser jogadas como aventuras “stand alone” ou como aventuras conectadas.

Se você não sabe como esses bichos podem ser malignos, baixe esta aventura.

2° Lugar Organizações secretas com agendas para alguma coisa.

A primeira vez que vi uma organização secreta que dava mesmo medo foi na série clássica do Zorro que passava na Record, no programa do Agente G. Na série, Zorro estava à volta com um inimigo invisível e cheio de aliados chamado simplesmente de Águia. Os agentes do Águia pareciam estar em todos os lugares. Imagine uma sociedade iluminati que controla grandes rumos do mundo…

1° Lugar: Seres Humanos.

Sim, nós. Somos as criaturas mais malignas e odiosas de todo o multiverso. Os vilões perfeitos para qualquer ocasião. Drows? Mindflyers? Dilma? Não… nada disso se compara á humanidade. Os melhores monstros de todo o universo conhecido – e desconhecido também.

 

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