Começo hoje uma série de postagens sobre o tema Caçadores Caçados, de Vampiro a Máscara.
Aproveitem.
O jornalista do oculto
Background: Desde os tempos de escola você sonhava em ser um repórter famoso, cujas reportagens corriam pelo mundo inteiro. Sendo assim, logo depois de entrar na faculdade de jornalismo, você conseguiu um estágio, contando apenas com um pouco de talento e muito entusiasmo. Ao final da faculdade uma oportunidade de trabalho surgiu num tablóide sensacionalista. Era o começo da sua jornada. Isso foi a dez anos atrás. Eventualmente você acabou sendo escalado para cuidar da sessão de bizarrices e esquisitices do jornal. Coisas como celebridades que afirmavam ter visto alienígenas, passando por anomalias genéticas expostas como aberrações e especialmente crimes estranhos e sem explicação.
Ao longo dos anos trabalhando nesta linha editorial você começou a perceber certo padrão nas notícias que investigava e publicava: corpos encontrados no rio, completamente sem sangue ou parcialmente devoradas; pessoas encontradas nas florestas completamente destroçadas (em pedaços mesmo); pessoas que se diziam caçadores de vampiros e que achavam que estavam salvando a humanidade das criaturas da noite.
Certa vez a investigação da morte de uma prostituta imigrante ilegal sem nome te levou a descobrir a verdade que você sempre buscou. A notícia, que se publicada, te traria toda a fama que você sempre quis. Você foi atacado naquela mesma noite por uma coisa que não poderia ser descrita de forma que não a de um vampiro. Você viu as garras, as presas, o olhar inumano… e você lutou da melhor maneira que conseguiu: correu por sua vida. Escapou por pouco. No dia seguinte você já tinha reunido tudo para expor de vez a existência daquela criatura: imagens de câmeras de segurança por onde você tinha passado, testemunhas ocasionais, transcrição e gravação da ligação que você fez para o 911 pelo celular e a resposta dada pelos policiais da rádio patrulha que te ajudaram naquela noite. Você reuniu tudo num dossiê multimídia e entregou ao seu editor esperando pelo prêmio pulitzer… que nunca veio. A história foi enterrada, as evidências destruídas e você recebeu ordens expressas, para o seu próprio bem, de que nada mais fosse dito a respeito daquele evento. Você sabia que era algo bem maior do que uma prostituta morta ou a exposição de uma lenda urbana. Sempre que você levava o assunto para outro jornal, revista ou editor, coisas estranhas aconteciam com você. Até que você entendeu o que estava se passando: apenas vampiros se beneficiariam com o seu silêncio, Você percebeu que os vampiros eram os verdadeiros donos dos meios de comunicação. O que eles diziam, virava verdade na boca do âncora do jornal do meio dia. Era assim que eles se mantinham escondidos, em pleno século XXI, dos olhos cada vez mais vigilantes do mundo.
A única maneira de levar a verdade para as pessoas seria começar uma cruzada solitária pela verdade. E foi o que você fez. Demitiu-se e tornou-se um jornalista freelance. Atualmente você publica suas “descobertas” através de publicação menores, marginais e no seu pequeno, mas crescente blog. Seu nome começou a circular e de uma hora para outra você começou a ser apontado como um dos grandes especialistas do mundo moderno. Alguns o consideram um louco, outros o idolatram. É uma posição meio conflituosa: se por um lado você tem agora toda a fama com o que sempre sonhou, você pode vir a se tornar um mártir nas mãos (ou garras) das mesmas criaturas que você está denunciando.
Você nunca foi do tipo que lutava com os punhos. A caneta, o teclado, a inteligência e a coragem são as suas armas, na construção de dossiês sobre os monstros que você caça indiretamente.
Recentemente alguns de seus “leitores” apareceram mortos – nas mesmas circunstâncias estranhas que você cobria no começo de sua carreira. Outros desapareceram completamente da face da terra. Outros, pelo que você ficou sabendo, engajaram-se com relativo sucesso na luta contra vampiros, destruindo seus covis e libertando pessoas de suas maléficas influências. É um fardo pesado demais para uma alma carregar, mas enquanto você escrever, outras pessoas estarão dispostas a lutar. Você apenas espera que dure o bastante para que o seu grande trabalho seja concluído.
Aparência: você nunca foi do tipo atlético e o tempo que passa escrevendo ou revirando a noite em busca de notícias para alimentar seu blog não favoreceram o seu porte físico. Você é ágil com as mãos e já aprendeu que correr e poder saltar alguns muros e cercas pode ser a diferença de sua vida e morte. Você está sempre com seu material de trabalho a mão: canetas, papel, gravadores, notebooks, tablets, smartphones, tudo pronto para registrar seja lá o que for.
Dicas de Roleplay: você está caçando o mais perigoso dos predadores conhecidos pelo homem – mas os melhores jornalistas não chegam a lugar nenhum sem correr algum risco. Você muitas vezes recorre a sua fama e conhecimento sobre o sobrenatural para conseguir pistas ou para se safar de alguma situação mais cabeluda. Mas no seu íntimo você está sempre aterrorizado com a possibilidade das criaturas da noite virem em seu encalço. Você gosta de pensar que é uma espécie de gênio, lutando contra criaturas muito mais poderosas que você, mas, numa briga, você não duraria mais que um par de socos antes de cair no chão, em pura dor.
Natureza: Mártir
Comportamento: Idealista.
Físico: Força 2, Destreza 3, Vigor 1
Social: Carisma 2, Manipulação 5, Aparência 2
Mental: Percepção 5, Inteligência 2, Raciocínio 3
Talentos: Prontidão 1, Representação 1, Empatia 2, Esportes 1, Lábia 2, Manha 2
Perícias: Condução 2, Armas de fogo 2, Segurança 2, Reparos 3, Furtividade 3, Sobrevivência 1
Conhecimento: Investigação 2, Ocultismo 3, Política 1, Computador 2, Acadêmicos (jornalismo) 3.
Antecedentes: Contatos (Media) 2, Fama 2, Recursos 2
Virtudes: Consciência 3, Autocontrole 4, Coragem 3
Humanidade: 7
Força de Vontade: 5